ACADÊMICOS MEDICINA DA UNIVERSITÁ DEGLI STUDI DI MILANO
A disciplina do Estágio Rural
em Saúde Coletiva, no mês de novembro de 2014, teve a oportunidade de receber
03 alunos de medicina intercambistas da Università degli Studi di
Milano.
Os acadêmicos
Rudy, Rosana e Serena tiveram a oportunidade de fazer a imersão de seus
estágios nos municípios de Borba, Barreirinha e Barcelos, respectivamente. Tal
experiência foi registrada na forma de narrativa, respondendo aos anseios. O QUE irei encontrar no município? O QUE irei fazer? Será que vou conseguir me
adaptar?
Seguem
trechos a seguir:
“...o
povo do Amazonas não é apenas o povo da cidade de Manaus. Por isso acho a
experiência do estágio rural útil e necessária para todos os profissionais que
irão trabalhar na área da saúde, seja num pequeno município ou na cidade de
Manaus, pois sempre há interconexão entre os dois”.
“.....participei
de uma reunião dos agentes de saúde de Barreirinha e dos municípios limítrofes.
Aí percebi que ainda há muito caminho para fazer no âmbito da saúde coletiva e
da formação do pessoal que trabalha com isso. É preciso ter financiamentos, mas
também formação permanente das pessoas (no caso dos Agentes de Saúde), pois há
vários problemas..... Mas, além dessas dificuldades superáveis (e que qualquer
tipo de trabalho tem), achei o sistema (UBS e Agentes de Saúde) bem abrangente
e potencialmente muito eficaz. A
experiência e capacidade de alguns agentes me impressionaram”.
“Na Itália não há nada parecido com o Agente de Saúde. Eu
acho que deveria ter, pois é uma figura importante para manter a vigilância
sanitária e conseguir cuidar da saúde de todos aqueles que dificilmente iriam
procurar um posto ou uma UBS. Mais, a responsabilidade da saúde do povo está,
em primeiro lugar, nas mãos do povo mesmo. Este sistema coloca mais
responsabilidade nas mãos das pessoas comuns, incentivando-as cuidar da saúde
própria e da comunidade”.
“Achei todas as
atividades interessantes: descobri que trabalhar com saúde pode significar
várias coisas e que se pode ajudar o desenvolvimento das condições de saúde de
uma comunidade procurando caminhos novos e principalmente, saindo do hospital
ou do posto. Às vezes é só preciso ter um pouco de vontade e fantasia, sem
esquecer de trabalhar com aquele método e seriedade que aprendemos na
faculdade”.
“Quis muito participar do
estágio rural, mesmo por um período tão breve (uma semana). Conhecer o sistema
de atenção básica no Brasil foi uma experiência que deixou uma marca profunda,
sendo que já estou interessada em trabalhar na saúde comunitária no futuro.
Quem sabe se numa pequena comunidade assim encontrarei o meu caminho como
medica e como pessoa... Por enquanto, posso dizer que, pelo que vi, o sistema
de saúde está caminhando na direção “certa” na minha opinião: igualitária e
coletiva”.
