INTERNAÇÕES HOSPITALARES DE CRIANÇAS POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS À ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM PERNAMBUCO
Suzana
Costa Carvalho, Eduardo Mota, Inês Dourado, Rosana Aquino,
Carlos Teles, Maria Guadalupe Medina
Cad.
Saúde Pública, Rio de Janeiro, 31(4):744-754, abr, 2015.
Analisaram-se as internações por condições sensíveis à atenção
primária de 1999-2009 em crianças < 5 anos, em municípios de Pernambuco,
Brasil. Com dados do SIH/SUS, aplicou-se regressão binomial negativa para
estimar razão de taxas e IC95% do efeito sobre a taxa de internações por
condições sensíveis à atenção primária (internações/10.000 habitantes) da
cobertura (%) do Programa Saúde da Família (PSF), variáveis demográficas e de
condições de vida. Do total de 861.628 internações, 44,1% foram por condições
sensíveis à atenção primária. A taxa variou de 557,6 para 318,9 (-42,8%),
redução 3 vezes maior que da taxa de internação por todas as outras causas.
Maior cobertura do PSF teve efeito protetor contra internações por condições sensíveis
à atenção primária (razão de taxa = 0,94; IC95%: 0,89-0,99). A diminuição de
internações por condições sensíveis indicou melhoria na situação de saúde e
pode estar associada à consolidação do PSF. Há necessidade de estudar acesso e
qualidade da atenção primária à saúde em relação à morbidade e hospitalizações. Leia Artigo.