DESAFIOS ORGANIZACIONAIS PARA FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM PORTUGAL
Adriano
Maia dos Santos, Ligia Giovanella, Henrique Botelho, Jaime Correia de Sousa
REVISTA
BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA 39 (3):359 – 369; 2015.
Este artigo analisa os
principais aspectos da Reforma da Atenção Primária à Saúde (APS) em Portugal, que
culminaram na implantação das Unidades de Saúde Familiar (USF), ampliação do
acesso e melhoria no processo de coordenação dos cuidados. Identifica avanços e
limites da reforma na APS portuguesa, que, apesar do contexto social e
histórico distinto, podem subsidiar as políticas de saúde no Brasil.
Realizou-se um estudo de caso com abordagem qualitativa, em Portugal,
elegendo-se quatro USF na Região Norte, uma USF na Região de Lisboa/Vale do
Tejo e dois Agrupamentos de Centros de Saúde (Aces) na Região Norte. Foram
realizadas 20 entrevistas semiestruturadas, com observação sistemática e
análise documental. O sucesso da reforma destaca-se na dimensão micropolítica,
ou seja, na criação das USF como processo voluntário de adesão dos
profissionais de saúde, o que permite certa estabilidade mesmo em tempos de
crise. A Reforma da APS em Portugal é considerada um “evento extraordinário”,
um exemplo bem-sucedido de intervenção nas reformas organizacionais na Europa
em favor da coordenação dos cuidados por médicos generalistas. ARTIGO COMPLETO.