RELATO DE EXPERIÊNCIA DA DISCIPLINA DE ESTÁGIO RURAL EM SAÚDE
COLETIVA NA REGIÃO AMAZÔNICA – BRASIL
Giane Zupellari dos
Santos Melo; Erica Patricia Azevedo Souza; Lauramaris de Arruda Régis Aranha;Nicolas
Esteban Castro Heufemann
Anais 22º Conferência Mundial de Promoção da Saúde
Saúde Soc. São Paulo, v.25, supl.1, p. 1.207, 2016.
Os cursos de enfermagem, medicina e odontologia da Escola
Superior de Ciências da Saúde, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA),
Brasil, possui disciplina obrigatória denominada Estagio Rural em Saúde
Coletiva (ERSC). A disciplina propicia aos acadêmicos, finalistas dos
respectivos cursos, a experiência de vivenciar in loco realidade das condições
de saúde de municípios situados na região Amazônica Brasileira. A disciplina tem
por objetivo primordial aplicar conhecimentos técnicos e científicos sobre as relações
entre saúde e sociedade, por meio de participação de forma autônoma,
interdisciplinar, multidisciplinar e transdisciplinar em serviços de Atenção
Primaria em Saúde, atendendo as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) e o
Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil, no Interior do Estado do Amazonas. Este
formato permite que futuros profissionais da saúde atuem inseridos na
comunidade, vivenciando sua realidade, contemplando a realização de atividades
assistenciais e de prevenção e de promoção da saúde. O desenvolvimento da disciplina
se da por meio da formação de quatro turmas anuais, sendo que cada turma
permanece em media 45 dias em municípios do interior do Estado. Durante o
estagio os acadêmicos realizam atividades em que se busca o desenvolvimento de competência
e habilidade, inseridos na Estratégia Saúde da Família, que e o modelo de reorientação
da atenção primaria no Brasil. Vale salientar, que a disciplina acompanha uma
das diretrizes educacionais da UEA, voltada ao retorno do egresso a sua cidade de
origem ou em municípios do interior do Estado e que a estratégia adotada no
ERSC tem tido êxito neste quesito colaborando a inserção de profissionais médicos,
enfermeiros e odontólogos egressos na UEA em municípios amazônicos, onde ha
escassez destes profissionais. Outro ponto a se destacar e a valorização,
quando no retorno do acadêmico a sede, ao desenvolvimento das atividades de
forma interdisciplinar, multidisciplinar e transdisciplinar. As observações
descritas nesta experiência demonstram que as peculiaridades da região amazônica
decorrente em parte de sua grande extensão, devem ser consideradas como de relevância
na elaboração e estruturação de componentes curriculares dos cursos das áreas
de saúde existentes em estados integrantes da denominada Amazônia Legal, alem de
fomentar praticas educativas pautadas na criatividade, no respeito as
realidades locais e condizentes com um “fazer saúde Amazônico”. ANAIS.